O olfato do gato
Embora seja óbvio, vamos rever o processo necessário para que o gato percecione os odores. A primeira coisa que faz é inalar o ar através das fossas nasais ou narinas, que chega posteriormente aos cornetos, onde as células nervosas o transformam em quimiorrecetores que, por sua vez, alcançam a parte do cérebro reservada ao olfato. Esta parte é proporcionalmente maior em gatos do que em seres humanos e pode atingir os 40 centímetros quadrados.
O gatinho nasce sem este sentido, mas desenvolve-o a partir do segundo dia após o seu nascimento. Não é por acaso que ele encontra o mamilo pelo cheiro, até porque muitos gatinhos, desde que não tenham concorrência, mamam sempre no mesmo mamilo.
À medida que o gato se vai desenvolvendo, o olfato vai servindo-lhe para reconhecer o território e torna-se tão apurado que, apenas pelo cheiro, ele pode determinar o sexo de outro animal, o seu tamanho e se é da sua espécie, para além da presença de potenciais predadores.
Apesar de ser tão apurado, o olfato não é muito útil ao gato para caçar (utiliza mais a visão). No entanto, este serve-lhe para escolher o alimento, uma vez que o sabor tem muito pouca importância. De tal forma que, apesar de estes serem dois sentidos muito próximos, o paladar não é importante para o gato, porque o número de papilas gustativas é insignificante, comparado com o do ser humano.
É verdade! O olfato do gato é bom o suficiente para detetar um medicamento no seu alimento. Como vê, tem agora a resposta sobre o facto do seu gato se recusar a comer o que lhe dá, quando existe um medicamento escondido no interior.
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