Como cuidar dos cães pequenos e muito pequenos

De facto, cada animal de estimação é único e tem as suas próprias necessidades, mas também é certo que o tamanho faz com que existam categorias de cães com características comuns.

Assim, os cães que pesam menos de 10 quilos na idade adulta pertencem a uma categoria especial porque possuem características que os diferenciam dos cães de maior tamanho. Por sua vez, dentro dessa categoria está a dos cães que pesam menos de 4 quilos na fase adulta porque também têm sensibilidades especiais. Na Royal Canin chamamos-lhes cães Mini e cães X-small, respetivamente.

Como são os cães pequenos? 

Os cães com menos de 10 quilos têm umas características comuns, pelo que entender estas peculiaridades pode ser muito útil aos seus proprietários no momento de lhes proporcionar os cuidados mais adequados. 

  • Atividade e espaço. Os cães pequenos, em geral, são muito ativos, já que o seu metabolismo faz com que gastem muito mais energia que os cães de maior tamanho. Isto não quer dizer que necessitem de fazer muito mais exercício que os outros cães, mas antes que o seu tamanho não nos deve confundir: necessitam de exercício diário, como todos os cães, ainda que não seja tão intenso e o possam fazer num espaço mais reduzido, pelo que se costumam adaptar com facilidade às rotinas e estilos de vida urbanos.
  • Elevadas necessidades energéticas. Como acabamos de ver, em proporção necessitam de mais energia (“calorias”) que os cães grandes para manter a sua temperatura corporal e todas as suas funções orgânicas, o que por sua vez, influencia diretamente o seu nível de atividade.
  • Maior esperança de vida. Ao contrário dos cães de grande tamanho, os cães pequenos têm uma grande esperança de vida, isso é algo positivo mas que requer ir adaptando os seus cuidados consoante vai passando o tempo e conforme a etapa de vida em que se encontrem.

Sensibilidades especiais dos cães pequenos

O pequeno tamanho, para além de dotar os cães com características fisiológicas concretas, também faz com que tenham sensibilidades comuns.

  • Problemas de tártaro. As suas mandíbulas pequenas e a sua estrutura dental aumentam a possibilidade de formação de tártaro e placa dentária, o que gera um grande número de problemas associados, por exemplo, o mau hálito e a queda prematura de dentes.
  • Distúrbios do coração. Isto é muito frequente nos cães com menos de 4 quilos, especialmente as lesões valvulares.
  • Tendência a sofrerem de obstipação. Com muita frequência, os cães muito pequenos costumam estar no colo dos seus proprietários, uma falta de exercício que influencia a sua mobilidade intestinal, o que pode derivar em obstipação.
  • Tendência a sofrerem de excesso de peso. Também devido ao facto de fazerem pouco exercício, não é incomum que os cães de menos de 10 quilos tenham algum excesso de peso.
  • Nível de stress. Pelo seu menor tamanho, muitos proprietários não permitem que os cães pequenos se relacionem com outros cães, se a isto se soma o facto de serem os cães mais numerosos em ambientes urbanos, cheios de ruído e aglomerados, podem estar sujeitos a diversas situações stressantes.

Benefícios de uma alimentação personalizada

Algumas das particularidades dos cães pequenos, por exemplo, que não se relacionem com outros cães, podem ser resolvidas com uma socialização adequada, mas outras características dos cães pequenos e muito pequenos podem ser geridas com uma alimentação especialmente formulada para eles. Assim, uma ingestão mais elevada de quelantes de cálcio reduz a formação de tártaro e a ingestão de fibras reduz o risco de sofrerem de obstipação. Claro que a alimentação é muito importante para que não tenham excesso de peso, tanto selecionando o alimento adequado à sua idade e tamanho, como administrando a ração adequada.

Por último, não nos podemos esquecer que os cães pequenos podem ser muito exigentes quanto à sua dieta diária, pelo que muitos deles beneficiam ao receberem uma alimentação mista, que consiste em combinar alimento húmido e seco.

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